Friday, October 02, 2009

SISTEMAS DE CONTROLE DE CUSTOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A principio existem varias diferenças entre administração pública e privada: A primeira esta voltada para o bem comum a segunda para o lucro e por aí vai. Também encontramos vários elementos concordantes: Estabelecimento de metas, zelo no gastar etc..


Em trabalho recente o auditor José Gabriel da Cunha Lopes servidor do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais colocou de forma unívoca a necessidade e os meios de implantar um sistema de custo no Serviço Publico. Discorreu bastante sobre as varias técnicas de apropriações de gastos, critérios de rateios etc... O SIAFI -Sistema de informações da Administração Pública Federal -nos proporciona, uma série de recursos para dispomos dos dados contábeis da forma que melhor nos for conveniente.

Uma vez superado a questão do como fazer fica a pergunta – Por que o sistema ainda inexiste com toda a sua potencialidade? Primeiro teríamos que colocar a população mais inteirada no sentido que ajudar a definir o que gastar onde e como fazendo-a entender que trata-se de um ato de cidadania. A exemplo da Inglaterra os meios de comunicação deveriam atuar mais no sentido de divulgar antecipadamente este importantíssimo instrumento Democrático que é o Orçamento quando participativo. Segundo tendo em vista que o conceito de caixa única que a principio veio para disciplinar os gastos públicos concentrando as decisões, hoje em dia em que pese uma certa digamos exagerada centralização, veio para ficar. É um fenómeno mundial. Logo o cuidado com o gastar não pode ser amarrado somente na obtenção do superavit, este está bem monitorado, e sim em uma ética do gastar.

O que eu quero dizer com uma ética do gastar, quero dizer que esclarecimentos sobre o que é o dinheiro público, como e em que devemos utilizá-lo e principalmente dar ênfase a uma auditoria voltada para metas: exemplo não basta saber quanto se gastou com a merenda escolar mais também saber se a merenda chegou em termos quantitativos e em qualidade aos destinos pré-definidos.

Mais importante do que o sistema são as pessoas que nele trabalham. Conscientizar os agentes públicos sobre o que podem e o que não podem fazer é fundamental.

Procedimentos simples como ficar atento para o desperdício, utilizar todos os meios a disposição como dar preferência ao pregão eletrônico, manter na sua integridade e devidamente paginados os processos base de todos os pagamentos, pensar uma , duas ou mais vezes antes de comprar determinado equipamento ou softes somente para se manter atualizado. Na prática nada a mais do que nos faríamos se o dinheiro fosse nosso, aliais ele é de todos nós.

Com relação ao comportamento humano é bom lembrar que ele não muda de um dia para outro, necessita de tempo. Nós somos resultados de escolhas anteriores mesmo feita por outros, nossos pais por exemplo. E seremos naturalmente resultado de nossas escolhas atuais. O que importa não é saber das “coisas que estão nos trilhos” mas principalmente as que acontecem fora deles. É como as estrelas, muitas já não existem mais , no entanto para nós elas continuam existindo, é o seu rastro que interessa.